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Em março de 2025, um banco internacional quase transferiu erroneamente cerca de US$ 6 bilhões para a conta de um cliente devido a um erro de “copia e cola”.

O incidente ocorreu quando um funcionário, ao processar uma transferência, inseriu o número da conta do destinatário no campo destinado ao valor em dólares, resultando em uma quantia mil vezes superior à pretendida. O erro foi detectado no dia útil seguinte, conforme reportado pelo Valor Econômico..

Casos semelhantes: quando o erro se repete

Este não é um caso isolado no mundo financeiro. Em 2015, o Deutsche Bank enviou por engano US$ 6 bilhões para a conta de um cliente nos Estados Unidos. A quantia foi transferida para um fundo de hedge, e o erro, conhecido no mercado como “dedo gordo”, ocorreu quando uma ordem foi enviada por um valor muito acima do original.

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No Brasil, em 2022, um advogado recebeu por engano um Pix de R$ 318 mil da Globo e utilizou o montante para comprar um apartamento. A Justiça condenou o advogado a devolver o valor e pagar uma multa de R$ 70 mil por apropriação indevida.

Procedimentos adotados pelos bancos em casos de erro

Quando ocorrem transferências bancárias equivocadas, as instituições financeiras geralmente seguem protocolos específicos para reverter a situação. Inicialmente, o banco tenta entrar em contato com o beneficiário para informar o erro e solicitar a devolução voluntária do montante. Se o destinatário se recusar a devolver os fundos, a instituição pode recorrer a medidas legais para recuperar o valor.

No caso de transferências via Pix no Brasil, o Banco Central implementou o Mecanismo Especial de Devolução, que permite a reversão de valores em situações de fraude ou falha operacional. Além disso, especialistas em direito criminal alertam que ficar com valores recebidos por engano pode configurar crime de apropriação indébita, conforme destacado pelo RecargaPay.

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A importância de processos rigorosos e atenção aos detalhes

Incidentes como o recente erro de US$ 6 bilhões ressaltam a importância de processos internos rigorosos e da atenção aos detalhes nas operações financeiras.

Embora erros humanos sejam inevitáveis, a implementação de sistemas de verificação e a adoção de uma cultura organizacional que priorize a precisão podem minimizar a ocorrência de tais falhas e preservar a integridade do sistema financeiro.

Imagem: Divulgação / Polícia Civíl