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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma investigação contra Alexsandro Broedel, ex-diretor financeiro (CFO) do Itaú Unibanco, acusado de envolvimento em um esquema de fraude financeira que teria causado prejuízos significativos à instituição.

As suspeitas giram em torno de contratos irregulares e recebimento indevido de valores durante sua gestão no banco.

Entenda o Caso: Motivo da Investigação

De acordo com o Itaú, Broedel teria violado as políticas internas do banco ao participar de um esquema que envolvia a contratação de serviços de consultoria de forma irregular.

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Especificamente, ele é acusado de contratar pareceres técnicos de uma empresa ligada a um de seus sócios, recebendo pessoalmente 40% dos valores pagos pelo banco a essa consultoria. Essas operações teriam ocorrido entre junho de 2019 e maio de 2024, totalizando mais de R$ 4,8 milhões.

O banco alega que essas ações configuram um grave conflito de interesses e uma violação direta das normas internas, além de possivelmente infringirem a legislação vigente. Em resposta, o Itaú ingressou com uma ação judicial contra Broedel, solicitando uma indenização de R$ 3,35 milhões pelos danos causados.

Impacto para Clientes e Instituição

Até o momento, não há evidências de que clientes do Itaú tenham sido diretamente prejudicados pelas ações de Broedel. O impacto parece estar restrito à integridade financeira e à reputação da instituição. No entanto, casos como este podem abalar a confiança dos clientes e investidores, ressaltando a importância de mecanismos robustos de governança corporativa e compliance dentro das instituições financeiras.

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O Itaú, por sua vez, tem adotado medidas legais para mitigar os danos e reforçar seu compromisso com a transparência e a ética nos negócios. A instituição não forneceu declarações adicionais sobre o caso, além das informações já divulgadas nos processos judiciais.

Posicionamento do Acusado

Alexsandro Broedel nega veementemente as acusações, classificando-as como infundadas: “Os serviços de consultoria contratados eram legítimos e que não houve qualquer irregularidade em sua conduta”. Afirma!

Atualmente, Broedel ocupa o cargo de vice-presidente sênior no Santander, em Madri, e já passou por todas as aprovações regulatórias necessárias para assumir a posição, incluindo a avaliação do Banco Central Europeu.

Desdobramentos da Investigação e Possíveis Consequências

A investigação do MP-SP está em fase inicial e busca reunir evidências para confirmar ou refutar as alegações feitas pelo Itaú. Caso sejam encontradas provas substanciais de fraude, Broedel poderá enfrentar processos criminais, além das ações cíveis já em andamento. As consequências podem incluir desde multas e ressarcimento de valores até penas privativas de liberdade, dependendo da gravidade dos delitos comprovados.

Paralelamente, a Justiça de São Paulo determinou a restrição da venda de um imóvel de propriedade de Broedel, avaliado em cerca de R$ 10 milhões. A medida visa assegurar recursos para um eventual ressarcimento ao banco, caso o ex-executivo seja condenado.

Este caso ressalta a importância de práticas éticas e transparentes na gestão corporativa, além de evidenciar o papel crucial das instituições de fiscalização e controle na manutenção da integridade do sistema financeiro nacional.

Imagem: Divulgação / Itaú