Novo salário mínimo de R$ 1.630: quando entra em vigor e o que muda para o trabalhador
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O governo federal anunciou, por meio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, a proposta de um novo valor para o salário mínimo: R$ 1.630. O reajuste está previsto para começar a valer a partir de 1º de janeiro de 2026, caso o Congresso aprove o projeto até o fim deste ano.
O novo valor representa um aumento real de 2,5% acima da inflação, reforçando a política de valorização do salário mínimo retomada pelo governo. Isso significa que o trabalhador não apenas manterá seu poder de compra, como também terá um ganho real, mesmo em um cenário de inflação controlada. A expectativa é que esse aumento ajude a impulsionar o consumo e fortalecer a economia, especialmente nas camadas mais vulneráveis da população.
O impacto vai além da remuneração dos trabalhadores com carteira assinada. O reajuste também afeta diretamente benefícios como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que utilizam o salário mínimo como base de cálculo.
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Reajuste do mínimo traz impacto bilionário nas contas públicas
De acordo com o Ministério da Fazenda, o aumento do salário mínimo para R$ 1.630 terá impacto expressivo nas contas do governo federal. Apenas em 2026, a estimativa é que haja um incremento de R$ 118 bilhões nas receitas, o que ajudará a fechar as contas do ano sem a necessidade de elevação de impostos, segundo informações oficiais.
Apesar do custo adicional com benefícios sociais e previdenciários, o governo acredita que o crescimento da arrecadação — impulsionado pela inflação controlada, aumento da formalização do trabalho e crescimento econômico — será suficiente para compensar o reajuste. Assim, a meta de resultado primário zerado em 2026 segue mantida.
A política de valorização do salário mínimo é um dos pilares da estratégia do atual governo para promover justiça social e fortalecer o mercado interno. Especialistas apontam que esse aumento pode ajudar a reduzir desigualdades e estimular o consumo em setores populares.
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Como o novo salário mínimo afeta o seu bolso e seus direitos
Com o novo valor de R$ 1.630, o trabalhador que recebe um salário mínimo passará a ganhar cerca de R$ 60 a mais por mês em relação ao piso atual de R$ 1.412. Pode parecer pouco, mas para milhões de brasileiros, esse acréscimo faz diferença no orçamento doméstico.
Além disso, programas sociais como o Bolsa Família, aposentadorias do INSS e o abono salarial PIS/PASEP serão automaticamente reajustados com base no novo valor. Isso significa que mais pessoas podem ser incluídas nos programas ou receber parcelas maiores, conforme a renda per capita familiar calculada.
Quem recebe salário mínimo também poderá ver reflexos em contratos de trabalho, acordos coletivos e até mesmo no valor do seguro-desemprego. É importante acompanhar de perto a tramitação da proposta no Congresso para entender como o novo valor será implementado e em quais setores ele terá maior impacto.