O vírus HMPV (Human Metapneumovirus) é um patógeno respiratório que, apesar de ser conhecido desde 2001, está gerando novas preocupações em 2025 devido ao aumento de casos na China, especialmente entre crianças. Ele apresenta sintomas similares aos de resfriados e gripes, como tosse, congestão e, em casos mais graves, dificuldades respiratórias.
Embora o HMPV não seja novo, sua disseminação crescente no inverno chinês gerou medidas emergenciais para controle da infecção, principalmente em hospitais superlotados. A OMS ainda não declarou uma emergência global, mas diversos países ao redor da China estão monitorando a situação de perto.
Há riscos de uma nova pandemia?
Se o HMPV se espalhar para outras regiões com alta taxa de transmissão, o mundo poderá enfrentar uma nova pandemia, com impactos profundos tanto no sistema de saúde quanto na economia global. Em um cenário semelhante ao da pandemia de COVID-19, o vírus pode sobrecarregar os hospitais, afetar a força de trabalho e gerar uma crise econômica mundial.
Possíveis riscos de uma nova pandemia para o Brasil
Especificamente no Brasil, caso o vírus atinja grandes proporções, os impactos econômicos poderiam ser severos. Setores como turismo, comércio, indústria e até mesmo o setor público seriam gravemente afetados, uma vez que as medidas de isolamento social e quarentena poderiam ser novamente necessárias.
A retração da economia durante a pandemia de COVID-19 mostrou a vulnerabilidade do país a choques externos e internos de saúde pública, e a repetição desse cenário com o HMPV poderia levar a uma desaceleração ainda maior do PIB.
Além disso, a questão financeira seria agravada pela potencial escassez de mão de obra, já que o HMPV pode afetar principalmente as populações mais vulneráveis, como crianças e idosos, impactando sua capacidade de trabalho. Empresas poderiam ver suas operações interrompidas, especialmente em setores dependentes de presença física, como a indústria de manufatura e o setor de serviços.
Colapso na saúde
Os efeitos econômicos do HMPV para o Brasil poderiam ser severos, especialmente no setor de saúde, com aumento de gastos públicos e possíveis sobrecargas nos hospitais. A retração da atividade econômica seria uma grande preocupação, com o fechamento de negócios e a diminuição do consumo.
Além disso, o impacto nos setores produtivos, como o turismo e comércio, poderia levar a uma desaceleração do PIB e ao aumento do desemprego. Uma nova crise sanitária pode exigir reestruturação de recursos e afetar a estabilidade fiscal do país.
O aumento das despesas com saúde e o possível colapso do sistema de saúde poderiam forçar o governo brasileiro a reverter recursos de outras áreas para enfrentar a crise, afetando ainda mais a estabilidade fiscal do país.
O que o Brasil aprendeu com a COVID-19
A experiência adquirida durante a pandemia de COVID-19, por outro lado, pode ser uma vantagem em um possível surto global do HMPV, pois as autoridades sanitárias já possuem protocolos e infraestrutura em andamento para lidar com emergências de saúde pública. Contudo, a rapidez com que o vírus pode se espalhar, combinada com a falta de vacinas ou tratamentos específicos para o HMPV, coloca um desafio significativo na gestão dessa ameaça.
Portanto, enquanto a situação ainda está em monitoramento, o Brasil deve começar a se preparar para os possíveis efeitos financeiros e sociais do HMPV, ajustando suas políticas públicas e fortalecendo os sistemas de saúde e segurança social para mitigar os danos econômicos. A vigilância constante e a colaboração internacional serão cruciais para enfrentar o risco de uma nova pandemia e suas repercussões econômicas.
A recuperação do Brasil após um surto global do HMPV dependeria de vários fatores, como a rapidez das ações de contenção, o apoio internacional, e a resiliência do sistema de saúde. O país tem experiência na superação de crises sanitárias, mas a recuperação econômica seria desafiadora. A implementação de políticas de estímulo, apoio a setores estratégicos e investimentos em saúde pública ajudariam a acelerar a recuperação. Contudo, a recuperação dependeria de uma resposta eficaz às consequências econômicas imediatas e de médio prazo.
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