A partir de janeiro de 2025, a Receita Federal implementou novas regras para monitorar transações financeiras, incluindo aquelas realizadas via Pix. Agora, transferências que excedam R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas serão automaticamente reportadas pelos bancos e instituições de pagamento ao Fisco.
Essa medida também se estende a movimentações efetuadas por meio de cartões de crédito. O objetivo é reforçar o combate à evasão fiscal e aprimorar o controle sobre operações financeiras de grande porte. As instituições financeiras são obrigadas a enviar essas informações periodicamente através do sistema e-Financeira, que já coleta dados de contas bancárias, investimentos e previdência privada.
É importante destacar que essa nova regulamentação não implica na criação de taxas adicionais para o uso do Pix. Atualmente, as transferências realizadas por pessoas físicas continuam isentas de tarifas. Contudo, existem algumas situações específicas em que pode haver cobrança:
- Quando o cliente utiliza meios alternativos ao aplicativo para efetuar a transação;
- Se o recebimento for destinado a fins comerciais;
- Caso o cliente realize mais de 30 transações Pix mensais;
- Se o recebimento ocorrer por meio de QR Code dinâmico, como nas máquinas de cartão.
Para pessoas jurídicas, o Pix é taxado desde 2020 em situações específicas, como quando o recebedor é uma pessoa física, ou quando a empresa utiliza dados da conta ou chave para receber pagamentos.
Portanto, apesar das novas medidas de monitoramento implementadas pela Receita Federal, não há previsão de cobrança de tarifas para pessoas físicas na realização ou recebimento de transações via Pix. O serviço permanece gratuito para esse público, mantendo-se como uma opção ágil e econômica para transferências financeiras no Brasil.
É fundamental que os usuários estejam atentos às condições específicas que podem implicar em cobranças, especialmente no caso de pessoas jurídicas ou de transações que excedam os limites estabelecidos. Manter-se informado sobre as atualizações nas regulamentações financeiras é essencial para evitar surpresas e garantir o uso consciente dos serviços disponíveis.
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